A narrativa insurgente do hip-hop
Ecio Salles
Resumo
Este artigo enfoca o rap como produção literária de setores
periféricos/excluídos que propõe novos encaminhamentos tanto para a
noção de “arte” e “cultura” quanto para as nossas questões sociais e
políticas objetivas. O rap faz parte da cultura popular brasileira numa
nova fase, que enfrenta os desafios do fenômeno denominado globalização,
a presença da indústria cultural e os avanços tecnológicos, o que
permitiu a criação de uma nova e formidável forma de fazer arte bem no
centro das tensões e contradições urbanas. A produção poética dos
rappers oferece uma forma determinada a questionar as vozes hegemônicas
na sociedade, com isso constituindo-se como uma narrativa insurgente,
perturbando a ordem que mantém determinadas regiões da cidade (como as
favelas, por exemplo) apartadas dos benefícios da “vida moderna”.
http://seer.bce.unb.br/index.php/estudos/article/view/2156/1715
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