sábado, 30 de junho de 2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
A HISTORIA NEGRA DO TANGO - O tango nasceu num bairro de descendentes de escravos africanos na Argentina
por Rucangola Ruca, domingo, 17 de Junho de 2012 às 09:21 ·
Exposição em Buenos Aires revela a "história negra" do tango
ELENA ARSUAGA
"Apesar de sempre existir esse rumor sobre a presença negra no tango, esse assunto nunca foi bem estudado e compreendido", explica à Agência Efe Círio, promotor da exposição "Historia Negra Del Tango", que acaba de ser inaugurada em Buenos Aires.
O antropólogo decidiu entrar em contato com a comunidade argentina de ascendência africana para saldar essa "dívida histórica e social com um dos grupos fundadores do país".
Sob o lema que "tudo tem sua história negra, mas desta vez estamos orgulhosos", o antropólogo organizou uma mostra composta por mais de uma centena de peças que pretendem provar este pioneiro enfoque sobre uma realidade que havia sido vagamente tratada na academia e sempre a partir de uma perspectiva branca, lembra Círio.
Partituras, discos e fotografias originais de época e em sua maior parte inéditas cedidas para a ocasião formam o percurso feito nas últimas décadas do século 19 e analisa o candombe, "a música e o baile distintivos e emblemáticos desta comunidade", e a música de carnaval, que para Círio desenham o contexto no qual nasceu o tango.
A exposição aprofunda na presença de afroargentinos nos diferentes períodos do tango como gênero, a partir da figura de Rosendo Mendizabal, "um marco indiscutível" nas origens do tango, opina o especialista.
"Joia"A maior "joia" da mostra, instalada no museu Casa Carlos Gardel, é uma partitura original de 1897 de "El Entrerriano", uma das mais importantes composições de Mendizabal, cuja publicação marcou para Círio a origem da "Guardia Vieja" como período estilístico do tango.
A exposição destaca também as figuras do compositor e músico Ruperto Leopoldo Thompson, quem introduziu o chamado estilo "canyengue", e do pianista e compositor Horacio Salgán, cujo tango "A fuego brando" foi "o germe de todo o movimento estético de Astor Piazzolla e sua escola", assegura o antropólogo.
Outro dos compositores destacados na mostra é Enrique Maciel, cuja valsa "La pulpera de Santa Lúcia", de 1929, é de acordo com Círio "o hino, a obra emblemática das valsas crioulas".
"Desde a origem do tango até o presente sempre houve músicos, compositores e dançarinos negros", explica à Efe Horacio Torres, diretor do museu, quem lembra que dois dos seis guitarristas de Gardel eram afroargentinos.
Completam a mostra partituras e discos de compositores brancos como Sebastián Piana e músicos como Alberto Castillo, que tratam a partir de diferentes perspectivas a temática da negritude.
"LA HISTORIA NEGRA DEL TANGO"Onde: Museu Casa Carlos Gardel (Jean Jaurés, 735, Abasto, Buenos Aires, Argentina)
ELENA ARSUAGA
"Apesar de sempre existir esse rumor sobre a presença negra no tango, esse assunto nunca foi bem estudado e compreendido", explica à Agência Efe Círio, promotor da exposição "Historia Negra Del Tango", que acaba de ser inaugurada em Buenos Aires.
O antropólogo decidiu entrar em contato com a comunidade argentina de ascendência africana para saldar essa "dívida histórica e social com um dos grupos fundadores do país".
Sob o lema que "tudo tem sua história negra, mas desta vez estamos orgulhosos", o antropólogo organizou uma mostra composta por mais de uma centena de peças que pretendem provar este pioneiro enfoque sobre uma realidade que havia sido vagamente tratada na academia e sempre a partir de uma perspectiva branca, lembra Círio.
Partituras, discos e fotografias originais de época e em sua maior parte inéditas cedidas para a ocasião formam o percurso feito nas últimas décadas do século 19 e analisa o candombe, "a música e o baile distintivos e emblemáticos desta comunidade", e a música de carnaval, que para Círio desenham o contexto no qual nasceu o tango.
A exposição aprofunda na presença de afroargentinos nos diferentes períodos do tango como gênero, a partir da figura de Rosendo Mendizabal, "um marco indiscutível" nas origens do tango, opina o especialista.
"Joia"A maior "joia" da mostra, instalada no museu Casa Carlos Gardel, é uma partitura original de 1897 de "El Entrerriano", uma das mais importantes composições de Mendizabal, cuja publicação marcou para Círio a origem da "Guardia Vieja" como período estilístico do tango.
A exposição destaca também as figuras do compositor e músico Ruperto Leopoldo Thompson, quem introduziu o chamado estilo "canyengue", e do pianista e compositor Horacio Salgán, cujo tango "A fuego brando" foi "o germe de todo o movimento estético de Astor Piazzolla e sua escola", assegura o antropólogo.
Outro dos compositores destacados na mostra é Enrique Maciel, cuja valsa "La pulpera de Santa Lúcia", de 1929, é de acordo com Círio "o hino, a obra emblemática das valsas crioulas".
"Desde a origem do tango até o presente sempre houve músicos, compositores e dançarinos negros", explica à Efe Horacio Torres, diretor do museu, quem lembra que dois dos seis guitarristas de Gardel eram afroargentinos.
Completam a mostra partituras e discos de compositores brancos como Sebastián Piana e músicos como Alberto Castillo, que tratam a partir de diferentes perspectivas a temática da negritude.
"LA HISTORIA NEGRA DEL TANGO"Onde: Museu Casa Carlos Gardel (Jean Jaurés, 735, Abasto, Buenos Aires, Argentina)
domingo, 10 de junho de 2012
Identidade da Cor: o Negro e sua importância na formação de Leopoldina: Racismo e Ideologias Políticas nas Histórias em Qu...
Identidade da Cor: o Negro e sua importância na formação de Leopoldina: Racismo e Ideologias Políticas nas Histórias em Qu...: As tirinhas e as revistas em quadrinhos, como qualquer forma de arte, são um produto da geração que as criou. Em alguns casos, é bom ver...
sábado, 9 de junho de 2012
Um ano sem Abdias Nascimento (1914-2011)
ABDIAS NASCIMENTO: ator, diretor, dramaturgo, artista plástico, poeta e grande militante das lutas do movimento negro no Brasil
Documentário TV Câmara :
chttp://www.youtube.com/watch?v=tEf_02cQefc
Autobiografia: poema de Abdias Nascimento
Documentário TV Câmara :
chttp://www.youtube.com/watch?v=tEf_02cQefc
Autobiografia: poema de Abdias Nascimento
EITO que ressoa no meu sangue
sangue do meu bisavô pinga de tua foice
foice da tua violação
ainda corta o grito de minha avó
LEITO de sangue negro
emudecido no espanto
clamor de tragédia não esquecida
crime não punido nem perdoado
queimam minhas entranhas
PEITO pesado ao peso da madrugada de chumbo
orvalho de fel amargo
orvalhando os passos de minha mãe
na oferta compulsória do seu peito
PLEITO perdido
nos desvãos de um mundo estrangeiro
libra... escudo... dólar... mil-réis
Franca adormecida às serenatas de meu pai
sob cujo céu minha esperança teceu
minha adolescência feneceu
e minha revolta cresceu
CONCEITO amadurecido e assumido
emancipado coração ao vento
não é o mesmo crescer lento
que ascende das raízes
ao fruto violento
PRECONCEITO esmagado no feito
destruído no conceito
eito ardente desfeito
ao leite do amor perfeito
sem pleito
eleito ao peito
da teimosa esperança
em que me deito
por Abdias do Nascimento
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Cotas Raciais: entrevista com o antropólogo Jaime Amparo Alves
7 de Junho de 2012 - 9h53
Racismo faz surgir identidade explosiva, forjada em dor e raiva
Para o doutor em Antropologia Jaime Amparo Alves, irônica e
paradoxalmente, o sofrimento social negro traz consigo as sementes
revolucionárias porque não resta outra opção a não ser resistir enquanto
grupo organizado.
No início de maio, pelo menos 40
organizações populares se reuniram na cidade de São Paulo para lançar a
Frente Pró-Cotas Raciais. O encontro ocorreu duas semanas após o Supremo
Tribunal Federal (STF) declarar a constitucionalidade da reserva de
vagas para negros em instituições públicas de ensino superior.
A mobilização se deu quando os reitores das três universidades estaduais paulistas (USP, UNESP e Unicamp) anunciaram que a decisão do STF não provocará nenhuma alteração em seus processos seletivos. O primeiro ato político da Frente foi a realização de uma Aula Pública, na semana da Abolição, no interior da Faculdade de Direito do Largo São Francisco.
Anteriormente, muitas dessas organizações formaram o Comitê contra o Genocídio da Juventude Negra, para denunciar a violência policial e a ausência de políticas públicas voltadas para essa parcela da população.
Em entrevista à Radioagência NP, Jaime Amparo Alves, doutor em Antropologia e Pesquisador do Departamento de Estudos Africanos e Afro-Americanos da Universidade do Texas (EUA), interpreta as recentes mobilizações como um indicativo de que é possível uma reaproximação das entidades do movimento negro, fragmentado com a aprovação de um Estatuto da Igualdade Racial “esvaziado”.
“A esquerda brasileira é esquizofrênica ao esperar que se resolva o problema de classe para que um dia a questão racial seja, enfim, posta na mesa de debates”, analisa o antropólogo. “Eu descobri isso quando vi minha mãe envelhecendo na cozinha dos companheiros revolucionários”. Entre outras análises, ele vê São Paulo como “uma necrópolis que ambienta nas relações sociais e nas políticas governamentais as práticas genocidas antinegro”.
LEIA MAIS EM: Racismo faz surgir identidade explosiva, forjada em dor e raiva
Racismo faz surgir identidade explosiva, forjada em dor e raiva
Para o doutor em Antropologia Jaime Amparo Alves, irônica e
paradoxalmente, o sofrimento social negro traz consigo as sementes
revolucionárias porque não resta outra opção a não ser resistir enquanto
grupo organizado.
Por Jorge Américo, para a Radioagência NP
No início de maio, pelo menos 40
organizações populares se reuniram na cidade de São Paulo para lançar a
Frente Pró-Cotas Raciais. O encontro ocorreu duas semanas após o Supremo
Tribunal Federal (STF) declarar a constitucionalidade da reserva de
vagas para negros em instituições públicas de ensino superior.A mobilização se deu quando os reitores das três universidades estaduais paulistas (USP, UNESP e Unicamp) anunciaram que a decisão do STF não provocará nenhuma alteração em seus processos seletivos. O primeiro ato político da Frente foi a realização de uma Aula Pública, na semana da Abolição, no interior da Faculdade de Direito do Largo São Francisco.
Anteriormente, muitas dessas organizações formaram o Comitê contra o Genocídio da Juventude Negra, para denunciar a violência policial e a ausência de políticas públicas voltadas para essa parcela da população.
Em entrevista à Radioagência NP, Jaime Amparo Alves, doutor em Antropologia e Pesquisador do Departamento de Estudos Africanos e Afro-Americanos da Universidade do Texas (EUA), interpreta as recentes mobilizações como um indicativo de que é possível uma reaproximação das entidades do movimento negro, fragmentado com a aprovação de um Estatuto da Igualdade Racial “esvaziado”.
“A esquerda brasileira é esquizofrênica ao esperar que se resolva o problema de classe para que um dia a questão racial seja, enfim, posta na mesa de debates”, analisa o antropólogo. “Eu descobri isso quando vi minha mãe envelhecendo na cozinha dos companheiros revolucionários”. Entre outras análises, ele vê São Paulo como “uma necrópolis que ambienta nas relações sociais e nas políticas governamentais as práticas genocidas antinegro”.
LEIA MAIS EM: Racismo faz surgir identidade explosiva, forjada em dor e raiva
domingo, 3 de junho de 2012
Quilombos urbanos
http://www.cpisp. org.br/comunidades/html/brasil/mg/mg_quilombos_urbanos.html)
sábado, 2 de junho de 2012
HIP HOP: arte e cultura das ruas
A narrativa insurgente do hip-hop
Ecio Salles
Resumo
Este artigo enfoca o rap como produção literária de setores
periféricos/excluídos que propõe novos encaminhamentos tanto para a
noção de “arte” e “cultura” quanto para as nossas questões sociais e
políticas objetivas. O rap faz parte da cultura popular brasileira numa
nova fase, que enfrenta os desafios do fenômeno denominado globalização,
a presença da indústria cultural e os avanços tecnológicos, o que
permitiu a criação de uma nova e formidável forma de fazer arte bem no
centro das tensões e contradições urbanas. A produção poética dos
rappers oferece uma forma determinada a questionar as vozes hegemônicas
na sociedade, com isso constituindo-se como uma narrativa insurgente,
perturbando a ordem que mantém determinadas regiões da cidade (como as
favelas, por exemplo) apartadas dos benefícios da “vida moderna”.
http://seer.bce.unb.br/index.php/estudos/article/view/2156/1715
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